Mais de 95% das vendas do setor de duas rodas dependendo crédito. Por isso, em março a Caixa Econômica Federal e a Abraciclo assinaram um acordo para facilitar o acesso do consumidor às linhas de financiamento do banco estatal para a compra de motos novas. Até agora, no entanto, essa medida não gerou resultados.
Exportar é preciso. Assim como vem ocorrendo com os automóveis, a indústria de motos vê o mercado externo como única saída para reduzir as perdas causadas pela retração das vendas no País.
No primeiro semestre, o total de motocicletas exportadas pelo Brasil cresceu 4,1%. A Abraciclo prevê que as vendas ao exterior cresçam 57,6% até o fim do ano, mas não informou como o setor fará para alcançar esses resultados.
De qualquer modo, há dados alentadores. Em junho, as exportações tiveram alta de 117,4% ante maio. Atualmente, só Honda e Yamaha exportam motos a partir do Brasil – para países da América Latina.
A entidade prevê também avanço na produção. Segundo estimativas da Abraciclo, a alta neste ano deve ser de 2,5%. No acumulado do primeiro semestre, as marcas filiadas à associação produziram no País 423.750 unidades.
Esse número é 8,8% inferior ao registrada em igual período de 2016.Em junho, o resultado da produção também foi negativo. Foram feitas 50.259 motocicletas no País, ante 81.762 unidades fabricadas em junho de 2016. O recuo foi de 38,5%.