jul 30, 2014 softcia Destaques, Veículos Comentários desativados em 50 Carros usados mais vendidos em Junho/2014 e dicas para compra e venda
Assim como ocorreu com os carros zero quilômetro, o Volkswagen Gol liderou a lista dos usados mais vendidos em junho, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Mas as semelhanças entre o mercado de usados e o de novos ficam por aí: eles enfrentam situações opostas, com a baixa nos emplacamentos de carros zero e as negociações de usados crescendo, em relação a 2013.
Veja abaixo os 50 carros mais vendidos no mês passado e, ao fim da reportagem, um guia para aproveitar aumentar as chances de fazer um bom negócio.
1) Volkswagen Gol – 82.207 unidades
2) Fiat Uno (inclui o Mille) – 49.287
3) Fiat Palio – 44.338
4) Chevrolet Celta- 26.665
5) Chevrolet Corsa – 26.352
6) Fiat Strada – 18.151
7) Ford Fiesta – 17.443
8) Volkswagen Fox – 17.289
9) Chevrolet Classic – 15.949
10) Fiat Siena – 15.936
11) Volkswagen Saveiro – 14.319
12) Toyota Corolla – 12.718
13) Ford Ka – 11.189
14) Honda Civic – 10.776
15) Chevrolet S10 – 10.448
16) Volkswagen Voyage – 9.664
17) Ford EcoSport – 8.985
18) Volkswagen Fusca – 8.608
19) Chevrolet Vectra – 8.575
20) Fiat Palio Weekend – 7.736
21) Volkswagen Parati – 7.642
22) Honda Fit – 7.483
23) Chevrolet Astra – 7.391
24) Ford Escort – 6.542
25) Renault Sandero – 6.431
26) Volkswagen Golf – 6.419
27) Volkswagen Kombi – 6.364
28) Chevrolet Montana – 6.205
29) Chevrolet Prisma – 6.195
30) Toyota Hilux – 6.134
31) Citroën C3 – 5.680
32) Ford Fiesta Sedan – 5.638
33) Chevrolet Monza – 5.472
34) Renault Clio – 5.376
35) Peugeot 206 – 4.743
36) Fiat Punto – 4.444
37) Fiat Idea – 4.442
38) Chevrolet Corsa Sedan – 4.437
39) Chevrolet Meriva – 4.391
40) Fiat Fiorino – 4.360
41) Mitsubishi L200 – 4.214
42) Volkswagen Santana – 4.178
43) Chevrolet Kadett – 4.073
44) Chevrolet Agile – 4.032
45) Ford Ranger – 4.004
46) Ford Focus – 3.960
47) Volkswagen Polo – 3.777
48) Mitsubishi Pajero – 3.757
49) Chevrolet Chevette – 3.704
50) Renault Logan – 3.563
1) O que checar no carro
2) Desconfie do preço
3) Tem garantia?
4) Confira a documentação
5) Vai vender? Saiba quando e onde
É importante pedir para experimentar o carro antes da compra e, se possível, levá-lo para ser avaliado por um mecânico. Mas alguns problemas podem ser percebidos pelo próprio motorista, segundo Denis Marum, engenheiro mecânico e colunista do G1, da seguinte forma:
É importante conferir se a quilometragem é compatível com o histórico do carro. Uma pista pode ser dada pelo manual do proprietário, que dá o histórico de como o dono fazia a manutenção, de quanto em quanto tempo ele fez as revisões.
Então, é possível ver se a quilometragem que está no hodômetro é coerente com isso. Uma análise de itens do carro também pode levantar alguma desconfiança. “Os pneus de um carro com mais de 50 mil km podem estar desgastados; o volante passa a ter o ‘granulado’ liso; o curvim da manopla do câmbio apresenta aparente desgaste e o tecido dos bancos fica meio esgarçado (se for couro, fica desgastado)”, descreve Marum. “Aí, se você olha e o velocímetro marca só 15 mil km…”.
A funilaria é um dos pontos mais avaliados pelos compradores, mas, segundo o especialista, poucos conseguem perceber se um carro foi batido ou não. O ideal é levar um funileiro de confiança para ajudar na avaliação, mas uma maneira de saber se o veículo já sofreu alguma colisão de frente, por exemplo, é comparar o brilho da pintura do capô com o do teto. “Em uma batida de frente, o capô, se não for trocado, será repintado. O calor do motor faz com que a tinta não seque da maneira adequada”, explica Marum.
Vale observar as etiquetas coladas nas peças de fábrica e que não acompanham peças de reposição. Se elas estão presentes, é porque essas peças não foram trocadas. Os vidros também têm o número de chassi impressos: se um deles não tiver esse número, é possível que tenha sido substituído, eventualmente em virtude de colisão.
Há empresas que fazem o serviço de avaliação no veículo e emitem um laudo, atestando que não houve batidas que causaram danos mais fortes, como uma longarina entortada. Algumas concessionárias costumam pedir esse laudo ao proprietário quando negociam a compra do seminovo dele.
Para ver se o carro já teve problemas com enchente, pode-se abrir o porta-malas e checar o “macaco”. Se ele apresentar sinais de ferrugem, as chances são grandes de o veículo já ter encarado uma inundação. Outros sinais são cheiro de mofo e, em casos mais extremos, o manual do proprietário pode estar enrugado.
A cor do óleo também pode identificar problemas no motor. “Se estiver ligeiramente esbranquiçado, o motor pode ter algum vazamento interno que, seguramente, acarretará em problemas futuros”, diz o especialista. “O reparo de um problema deste tipo custa, em média, R$ 5 mil. Aproveite para ver se o número do chassis é o mesmo do motor.”
Se o pedal da embreagem estiver duro, pode ser um sinal de que o componente está desgastado.
Ao fazer o test drive, observe eventuais barulhos nos freios e passe por uma rua de paralelepípedos para averiguar o conjunto da suspensão. Caso o motor faça algum barulho estranho, solicite a um mecânico de sua confiança um diagnóstico.
O preço, quando muito abaixo do mercado, pode indicar que o carro poderá se revelar um “abacaxi”, diz Marum. Pode ser um sinal claro de que o veículo teve, por exemplo, alguma batida forte ou enfrentou problemas com enchentes. O valor baixo também pode estar relacionado ao elevado valor de manutenção do veículo ou na dificuldade de fazer o seguro.
A recomendação é que o comprador entre em contato com oficinas de sua confiança e faça um levantamento dos custos de uma manutenção comum. Conversar com outros proprietários do modelo para saber como é a reposição de peças também pode ajudar a definir pela compra ou não de um determinado modelo usado. Outra medida preventiva é solicitar a um corretor de seguros o valor de uma apólice para aquele veículo.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, as lojas de veículos são obrigadas a dar um período de garantia. “Todo automóvel vendido [em uma loja], usado ou zero, tem garantia de 90 dias por lei, integral (não só motor e câmbio). Só não é integral se [na venda] for especificado problema”, explica Renata Reis, especialista do Procon-SP.
Porém, caso a venda seja feita de uma pessoa para outra, as leis que regem a negociação são as do Código Civil. “Algumas regras mudam; a garantia cai para 30 dias”, alerta Renata.
No programa AutoEsporte do último dia 20, o consultor automotivo Paulo Garbossa destacou que, com as montadoras dando garantias por prazos maiores, há a chance de um consumidor comprar um seminovo que ainda esteja sob a proteção de fábrica (assista ao vídeo acima).
Outro item que deve ser verificado é a documentação. “É essencial conferir se o carro que se está comprando é o mesmo que está descrito no documento. Veja o nome e a marca do veículo, confira a placa, o número de chassis e também a cor”, aconselha Marum.
Recomenda-se ver se o número de chassis impresso no manual do proprietário é o mesmo do automóvel e se ali constam todos os carimbos das revisões obrigatórias.
“Muitas pessoas, e mesmo revendedoras, para elevar um pouco o preço, baixam a quilometragem e substituem o manual original por outro comprado em uma concessionária”, alerta o especialista.
O futuro comprador também deve se certificar de que o automóvel não esteja alienado e que não haja pendências financeiras. Com o número do Renavam nas mãos, é possível fazer uma consulta sobre eventuais multas no site do Detran.
Efetuada a compra, é fundamental preocupar-se com a transferência do veículo. Atualmente, é dado um prazo de 30 dias a quem compra um carro para fazer a transferência, a partir da data da compra que consta no recibo de compra e venda do CRV, e a obrigação de validar esse processo é de quem compra o carro. Além de ir ao cartório para reconhecer firma das assinaturas no recibo de compra e venda (que consta do Certificado de Registro do Veículo), é necessário avisar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da transferência.
Em SP, desde o último dia 23 de julho, essa obrigação de avisar o Detran é dos cartórios.
No Guia Prático, série em vídeos do G1 com dicas sobre carros e motos, Milad Neto, da consultoria automotiva Jato Dynamics do Brasil, explica que quem não tem pressa para vender o carro pode obter um valor melhor com a venda direta, para pessoa física.
Se o objetivo é ter dinheiro rápido na mão, as lojas são a melhor opção (assista ao vídeo).
E quando vender? Além do momento em que o proprietário passa a sentir vontade de trocar de carro, há outros indícios de que aquela é a hora certa de passá-lo para frente.
Um deles, aponta o consultor, é o momento do “ciclo de vida” do modelo, por exemplo, quando ele está para sofrer uma grande mudança, como o lançamento de uma nova geração.
Outro é o custo de manutenção. “Quando o valor anual gasto com as manutenções ultrapassa 10% do valor de venda do carro é um sinal de que este pode ser o momento de pensar em vender”, explica Denis Marum.
Para saber quanto vale o carro, lembre-se que, nos 2 primeiros anos, a desvalorização é mais acentuada e, nos anos seguintes, ela vai se estabilizando ao redor dos 10%. Acompanhe a desvalorização do seu carro pela tabela Fipe. Ela é uma referência de preço e não significa que você conseguirá vender seu carro exatamente pelo valor sugerido.
Efetuada a venda, é importante se preocupar com a transferência do veículo. Atualmente, é dado um prazo de 30 dias a quem compra um carro para fazer a transferência, a partir da data da compra que consta no recibo de compra e venda do CRV, e a obrigação de validar esse processo é de quem compra o carro. Mas é preciso ter a assinatura de quem vendeu e o reconhecimento de firma. Depois disso, é importante avisar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da transferência.
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