jul 31, 2014 Veículos Comentários desativados em Mitos e verdades sobre a revisão obrigatória em carros novos
Ao aumentar o tempo de garantia dos carros, montadoras passaram a exigir uma contrapartida dos motoristas: as revisões periódicas. Quem não passa por elas acaba perdendo o benefício. Se você comprou um veículo 0 km e está disposto a manter a garantia, precisa ir à concessionária bem informado para não receber uma conta enorme no fim dos serviços.
Nem todas as trocas, limpezas e correções são necessárias. É importante ler o manual do proprietário antes de entregar o carro, para saber quais são as exigências de fábrica. Nem todo automóvel precisa, por exemplo, que as velas de ignição sejam trocadas a cada 20 mil km. No entanto, boa parte das indicações são gerais.
Veja os mitos e as verdades sobre a revisão:
1. Limpar os bicos injetores antes dos 30 mil km
O filtro de combustível consegue segurar 98% das impurezas, mas exceções podem ocorrer quando se abastece o tanque com gasolina adulterada com solvente de borracha ou com etanol misturado com álcool anidro, produtos que podem interferir no funcionamento do motor. O filtro de combustível deve ser trocado a cada 10 mil km.
2. Alinhamento e balanceamento a cada 10 mil km
Ruas e estradas esburacadas acabam alterando a geometria da suspensão. Se as correções não forem feitas, além do aumento do consumo de combustível, a vida útil dos pneus diminuirá devido ao desgaste irregular da banda de rodagem (parte que toca o chão). O alinhamento é responsável pelos ajustes de convergência e divergência das rodas, e o balanceamento equilibra a distribuição da massa do pneu e da roda (para evitar trepidações). Saiba como são feitos.
3. Correção de cambagem
Essa correção da geometria da suspensão, que trata da inclinação da roda em relação ao plano vertical, não é tão comum quanto o alinhamento. Ela é necessária quando o motorista pega um grande buraco, quando força as rodas dianteiras na guia ou ainda quando ocorre uma colisão dianteira.
4. Cristalização ou espelhamento da pintura antes dos 20 mil km
Selo mito (mitos e verdades) (Foto: Arte/G1)
Todo carro sai de fábrica com uma camada de verniz suficiente para proteger e dar brilho à pintura. A cristalização e o espelhamento (aplicação de uma resina protetora) são indicados para pinturas manchadas ou sem brilho. Até os 20 mil km, um enceramento a cada 2 meses é suficiente para proteger o carro e mantê-lo brilhando. Saiba mais sobre as técnicas
5. Colocar aditivo na água do radiador
Uma grande parte dos problemas nos sistemas de arrefecimento se deve à falta do uso de aditivo. Além de oferecer a proteção anticorrosiva das peças metálicas que entram em contato com a água, ele prolonga a vida útil de itens como sensores térmicos, válvulas termostáticas e sensores de temperatura. Importante: não é necessário colocar aditivo sempre que completar a água do radiador em postos de gasolina. Fazer isso nas revisões é suficiente para carros novos.
6. Substituição das velas a cada 20 mil km
Apesar de o seu carro não falhar, as velas de ignição devem ser trocadas, pois a faísca (arco voltaico) que elas produzem perdem intensidade e deixam de queimar parte do combustível que entra na câmara de combustão. Assim, elas aumentam o consumo e diminuem a potência do motor. A regra vale para a grande maioria dos carros, mas alguns exigem a troca aos 80 mil km – por isso, é importante consultar o manual do proprietário.
7. Aditivo no óleo do motor
O óleo especificado pelo fabricante já tem todos os aditivos necessários para o bom funcionamento do motor. A limpeza interna com aditivos só é recomendada quando houver algum tipo de contaminação ou quando o motorista se esqueceu de fazer as trocas de óleo no prazo certo.
8. Descontaminação do motor
Se o motorista substituir o filtro de ar, óleo e combustível dentro dos prazos estabelecidos no manual, esse serviço não será necessário antes dos 30 mil km. Mas quem colocou combustível adulterado ou roda em estradas de terra precisa antecipar a descontaminação.
9. Substituir o fluido de freio a cada 20 mil km
Quando não é substituído no período indicado, o fluido de freio pode gerar oxidação (ferrugem) nas peças internas do sistema, como cilindros de roda, cilindro mestre (câmara de pressão que alimenta os freios das quatro rodas) e pinças de freio (peças onde se encaixam as pastilhas).
10. Higienização do ar-condicionado
Muita gente sofre com a falta de higienização do ar-condicionado e não se lembra de substituir o filtro e higienizar os dutos. As crianças são as principais vítimas de fungos e bactérias que se alojam nesse sistema. A cada 10 mil km, é importante fazer a manutenção.
Fonte G1
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