ago 14, 2014 Trânsito Comentários desativados em Tecnologia é pouco usada para gestão de trânsito nas cidades
Para especialista faltam investimentos em dispositivos de controle do trânsito e segurança
As cidades brasileiras ainda usam pouco da tecnologia para melhoria da gestão de trânsito. De acordo com levantamento feito pela FGV Projetos em 31 prefeituras – 20 capitais e 11 municípios com mais de 200 mil habitantes – embora todos reconheçam a importância da tecnologia, menos de 20% a utilizam para controlar o trânsito.
Entre as ferramentas que podem ser empregadas pelos órgãos para melhorias no trânsito, de acordo com o gerente de produtos da Perkons, Ricardo Simões, estão equipamentos para controle de acesso, medição de velocidade, leitura de placas, pesagem, comunicação com o usuário – como os painéis de mensagens variáveis (PMV) -, câmeras de monitoramento, centros de controle, aplicativos para smartphones, contagem e classificação de tráfego, entre outros.
Nas cidades que utilizam dispositivos para a gestão de trânsito ou para a segurança pública os investimentos ainda são limitados. “As que possuem algum tipo de tecnologia, em sua maioria, subutilizam os recursos, não consideram a integração entre as diversas ferramentas disponíveis e instaladas”, afirma.
Para o especialista, a presença de tecnologia no trânsito, ainda que seja usada para resolver problemas pontuais ou de forma parcial, representa a vontade da administração em solucioná-los. “A utilização de ferramentas de monitoramento transmite à população a imagem de órgão de trânsito eficaz e dinâmico. Saber de uma ocorrência no menor tempo é a garantia de que se pode deslocar equipes com maior rapidez e diminuir o tempo de resposta nas ocorrências de trânsito, enviando operadores e viaturas para pontos estratégicos”, explica.
Ferramentas utilizadas nas capitais brasileiras
Algumas tecnologias empregadas na gestão de trânsito no Brasil têm trazido bons resultados. É o caso do Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR), que reúne uma série de ferramentas que permitem a coordenação e o planejamento de ações mais rápidas e eficazes no tratamento das questões de crise da cidade.
Já em Belo Horizonte, de acordo com informações da Empresa de Transportes e Trânsito (BHTrans), as ferramentas para controle do trânsito são monitoradas pela Gerência da Central de Operações do Tráfego (GECOT). Entre elas, destaque para a contagem de veículos via sensores físicos ou virtuais com o objetivo de fornecer relatórios. Além disso, há o Centro de Operações da Prefeitura (COP), que trabalha com um modelo de controle integrado de serviços como mobilidade urbana, limpeza, saúde, fiscalização, defesa civil, entre outros.
“Quando todas as informações estão centralizadas é possível antecipar, reduzir e preparar a resposta às ocorrências – acidentes de trânsito, falta de luz, alagamentos, deslizamentos. Isso tem relação não somente com o trânsito, mas com a segurança de uma forma geral constituindo um valioso serviço de utilidade pública”, avalia Simões.
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